Cantor, compositor e violinista, Carlos Cória pode ter nascido em Porto Alegre, mas há mais de 50 anos reside Itajaí e tem total identificação com a cidade. Nesse ano participa mais uma vez do Festival de Música de Itajaí, com uma apresentação na terça-feira (27), no Teatro Municipal, ao lado de Chico Preto (percurssão e vocal) e Luan Cavalleri (acordeão e teclado). O show inicia às 21h e será dividido com Vê Domingos, que também se apresenta no dia.
Desde que iniciou sua carreira musical, em 1980, Cória teve Itajaí como palco principal, tocando em diversos bares, festas e eventos da região. Participando de grandes momentos da nossa cidade como na tradicional Marejada, na reabertura do Teatro Municipal, dentre diversas outras ocasiões. Integrou as bandas “Opus 57” e “Incandescente”, e iniciou sua carreira solo em 1994. Abriu shows de grandes artistas nacionais, como Chico César, Zé Ramalho e Belchior.
Como compositor, lançou o CD “Furacão”, ao lado da banda que ele mesmo fundou, a “Clave da Lua”; e o projeto solo, “Síri na Lata”. Uma de suas composições mais significativas foi a música “Papa-Síri”, uma homenagem ao município, que fez parte do CD “Hinos Cívicos e Canções de Itajaí”.
Suas composições tratam do cenário itajaiense, usando do linguajar local e valorizando os costumes da cidade. A questão da variabilidade lingüística é bem tratada em suas letras, que muitas vezes usam de expressões típicas da região, como no trecho de Papa Síri que diz “preparo o puçá, entro na bateira e vou pegar siri”.
Em sua apresentação no Festival, Carlos traz suas composições do álbum Siri na Lata. Ele diz que as músicas que serão apresentadas visam “retratar a regionalidade”. São todas músicas autorais, criadas a partir dos ritmos de samba, reggae, dentre outros.
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